Que se manifeste quem, em criança, não disse ou ouviu uma outra criança a dizer “Não gosto de ervilhas”. Quase todos dissemos ou ouvimos, mas com a idade adulta é normal que este “ódio” se desvaneça e comecemos a apreciar esta deliciosa leguminosa.
Os dois tipos de ervilhas mais consumidos são as chamadas “ervilhas de quebrar” ou “ervilhas tortas” e as ervilhas de grão.
As ervilhas são ricas em fibra, 100g de ervilhas frescas fornecem cerca de 4,7g de fibra. A fibra ajuda a regularizar o trânsito intestinal; ajuda na saciedade e consequentemente no controle do peso; ajuda a controlar os níveis de açúcar do sangue; e ajuda a baixar os níveis de colesterol LDL pois interfere com a absorção do colesterol presente nos alimentos.
Tal como as outras leguminosas, as ervilhas são ricas em proteína. Contudo, são proteínas de baixo valor biológico, ou seja, incompletas em termos de aminoácidos essenciais e por essa razão devem ser consumidas com um cereal (como é o caso do arroz).
A presença de luteína e de vitamina A fazem das ervilhas uma leguminosa importante para a boa saúde ocular. A luteína tem acção antioxidante, importante na protecção contra a degeneração macular e a formação de cataratas. A vitamina A além de contribuir para uma boa visão é fundamental para a manutenção de um bom sistema imunitário e para um adequado crescimento/ desenvolvimento do organismo.
As ervilhas são uma boa fonte de ferro, cuja ingestão inadequada pode conduzir ao aparecimento de sintomas como cansaço, diminuição da concentração e aumentar o risco de infecções; têm uma quantidade significativa de vitamina K, vitamina C, vitaminas do complexo B (B1, B2 e B3), ácido fólico, potássio, fósforo, magnésio e zinco.
Se ainda é daqueles que não gosta desta leguminosa, tendo em conta a sua riqueza nutricional, tem mesmo que considerar começar a incluir as ervilhas na sua alimentação. Tente mudar o tipo de confecção e o tempo de cozedura (veja se gosta delas mais ou menos cozidas) e quando acertar no seu gosto vai ver que passará a adora-las!
Sabia que…
Gregor Johann Mendel (1822 – 1884), monge Austríaco, utilizou diferentes espécies de ervilhas para efectuar experiências que o levaram a desenvolver as conhecidas Leis de Mendel, conjunto de princípios sobre a hereditariedade genética, que foram a base da genética moderna.