Parece uma cenoura mas não é cor-de-laranja, tem a textura do nabo mas não é redondo e a rama é parecida com a do aipo mas sem o mesmo sabor, então o que é afinal uma pastinaca?!?
Se nós a chamarmos de Cherovia, ajuda? Se mesmo assim, ainda não faz ideia do que estamos a falar vamos tentar esclarecer.
Este legume é praticamente desconhecido em Portugal apesar de ser cultivado na região da Serra da Estrela. Possui várias designações, desde “cherivia” ou “cheruvia” até “pastinaga” ou “pastinaca”.
A pastinaca é rica em ácido fólico e potássio, combinação maravilhosa para a saúde cardiovascular. O potássio é um mineral de extrema importância para a manutenção da pressão arterial dentro dos valores normais e assim prevenir a ocorrência de doenças cardiovasculares, como é o caso do enfarte do miocárdio. O ácido fólico (ou vitamina B9) talvez mais conhecido pelo seu papel fundamental durante a gestação, na formação e no adequado funcionamento do sistema nervoso, também ajuda a reduzir os níveis sanguíneos de homocisteína, cujos níveis elevados estão associados a um elevado risco de doença cardíaca.
Também é uma boa fonte de outras vitaminas como é o caso da vitamina K, importante na coagulação sanguínea; da vitamina C e E, com propriedades antioxidantes e do ácido pantoténico (vit. B5) percursor da coenzima A, fundamental para o metabolismo celular.
A pastinaca é rica em manganésio, mineral que desempenha um papel importante no metabolismo, na manutenção dos ossos saudáveis e no desenvolvimento do organismo. Adicionalmente tem níveis consideráveis de fósforo, cálcio e ferro.
É uma das boas fontes alimentares de fibra solúvel e insolúvel, cujo consumo regular ajuda a prevenir a obstipação e a reduzir os níveis de colesterol no sangue.
Depois de saber a riqueza nutricional da pastinaca (ou cherovia) com certeza que não se irá esquecer do nome. Na próxima ida ao mercado, caso a encontre, compre e experimente!
Sabia que…
Surgem na Grécia, no ano 500 a.C., as primeiras referências a este legume.
A pastinaca era utilizada na sociedade greco-romana, para fins medicinais. Atribuíam-se-lhe também propriedades afrodisíacas.
Na Covilhã realiza-se, em Outubro, o Festival da Cherovia.