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Diana Restaurante

A emigração é um termo que todo o português conhece. Não só pelos dias que correm, mas mais sim pelos que já correram. Certamente, todos conhecerão algum corajoso que se meteu num avião ou barco de mala às costas à procura de algo mais. Para mim, são ainda mais corajosos aqueles que voltam, que deixam tudo o que demorou a construir para trás e começam de novo, ao ritmo de outros sabores.

Irene e Fernando são um excelente exemplo. Após décadas em Londres, atrás do balcão do restaurante Moinho, um pequeno oásis gastronómico de Portugal nas chuvosas terras britânicas, decidiram partir de malas e bagagens e voltar à querida pátria. E aí surge o Restaurante Diana, em pleno centro de Braga, com o número 172 nas costas da camisola da Rua Frei Caetano Brandão.
Mas afinal, quem é a Diana? A menina dos olhos deles, como seria de esperar. E posso-vos dizer mais, é a responsável pelas cadeiras rosas que, em conjunto com as azuis, amarelas e verdes dão toda uma outra vida ao espaço. Neste abundam os contrastes fortes entre o rústico da pedra e o moderno das paredes brancas, os candeeiros dourados e esguios e as volumosas molduras que iluminam as camisolas dos amigos, jogadores portugueses dos tempos londrinos.
Uma coisa é certa, tudo atrás do balcão tem o dedo do Fernando, e à frente a simpatia da Irene. Nota-se a vontade e o gosto de bem servir, assim como o orgulho naquilo que fazem. E isso reflete-se na bela refeição que tivemos o prazer de saborear.

Começamos com uma alheira à brás de entrada, onde o doce da cebola e do vinagre balsâmico se mistura com o crocante da batata, migas de broa e amêndoa torrada, tudo envolto na suave riqueza do sabor fumado. Seguiu-se a prova de um suculento naco de vitela em cama de legumes salteados, uma doce pera bêbada e molho agridoce de frutos vermelhos com mirtilos. Para terminar esta rica viagem, devorámos o fofo e quente fondant de abóbora, o seu rico e pegajoso interior, habilmente combinado com uma fresca bola de gelado de baunilha e uma fatia de pitaia.

Foi uma viagem de ida, mas tenho a certeza que em breve haverá uma de volta.

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Hemingway Cascais, Restaurante Bar

Há viagens que encantam logo ao sair de casa. Seguir pela marginal até Cascais é um privilégio. As praias quase vazias porém com finais de dia já a chamarem o verão. Tardes que se prolongam e que nos trazem boas energias.

Chegar à Marina de Cascais é deixar a alma sair do corpo e navegar pelo mar. Subimos ao primeiro piso e chegamos ao Hemingway Cascais, Restaurante Bar – espaço antigo que foi renovado em 2003 por Telma e Pedro Vaz Moura. Lá fora a marina, o Atlântico e o terraço coberto. Cá dentro, do lado direito as mesas e cadeiras e o sofá cheios de cores vibrantes que convidam a sentar e a tomar um cocktail. No centro, o bar. As cores das garrafas saltam à vista e destacam-se. Do outro lado, o restaurante. O vermelho predomina e aquece o espaço. Decoração quase em estilo vintage ainda que deveras elegante. Há uma privacidade latente entre as várias mesas. Partilhamos o mesmo espaço mas cada mesa, tem um espaço próprio que nos acolhe e envolve como se estivemos a “sós” com a nossa companhia.

Somos convidados a sentarmo-nos. Degustação com harmonização de vinhos. Soa tão bem (e no fim vamos perceber que sabe ainda melhor). Foi-nos perguntado se tínhamos alguma intolerância e se não apreciávamos algo. Nada a declarar. Deixar a viagem dos sentidos começar sem ter um rumo definido é arriscado q.b., porém deixem que vos diga, no Hemimgway Cascais, é intensamente delicioso.

Quando comemos, viajamos e tudo pode acontecer. Começámos com os cockails, elaborados com fruta fresca, como aperitivos: Framby (Tanqueray gin, framboesa, limão e lima) com cor intensa, sabor ácido e antioxidante, que se intensifica a cada bebericar. Adorei o detalhe das framboesas dispostas sobre as extremidades do copo. O Tanqueray Strawberry Mojito (Tanqueray Gin, morango, lima, hortelã) tão refrescante.

Seguimos para a Tapana de azeitonas frescas, mousse de beringela e hortelã fresca, manteiga caseira com ervas finas & azeite da Herdade do Esporão. A acompanhar pão sementes de girassol, pão malte (é-nos dado a escolher). Sentir o sabor dos elementos apresentados de forma diferente é maravilhoso.

Respiramos profundamente e continuamos o nosso caminho: Alheira de Caça em Marmelo Glaceado, Escabeche Algarvio numa Gema Crocante e Coulis de Salsa. Quando pensamos em alheira, surge na nossa mente algo consistente. Nada disso: tão leve e deliciosa. Apetece não parar de comer. A acompanhar um vinho branco do Douro, Vinha dos Deuses 2013. Leve e um limpa sabor mais que perfeito.

Os Tentáculos de Polvo Confitado com batata Souflé, Creme de espinafres, Coulis de Pimentos e Aros de Cebola Pérola Em Tempura acompanhado do vinho branco Esporão Reserva Alentejo estava, no ponto e a combinação dos elementos foi subtil. Um prato bem equilibrado. O Magret de Pato Crocante com Creme de Batata-Doce, Cerca de Espargos e Molho à Pequim estava perfeito. O magret estava suculento e macio e o creme de batata-doce cremoso e consistente. A disposição de todos os elementos no prato e a primeira garfada ditam a aprovação. E depois um gole de vinho tinto do Douro. A estrutura encorpada de um vinho do Norte e a sua história: Quinta do Passadouro 2013.

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Há sobremesas assim: delicadas. Crumble de Pêra Bêbeda com Gin Tanqueray após a primeira colherada… o huummm. Oh my God, I’m in heaven! O crumble crocante, o gelado de baunilha com sementes de papoila leve, a pêra bêbada cortada em pequenos pedaços. Confesso, a sobremesa com a simbiose mais que perfeita.

Terminámos esta viagem, com infusões: Chá Fitness – Cacau, Alcaçuz, Erva Mate, Erva Doce Roibos, Limão, Dente de Leão e Alcachofa & Chá Robin Wood – Morango, Framboesa, Hibiscus, Arando, Amora e Mirtilho e uns pequenos mimos doces.

A conversa flui naturalmente…

A ementa é sugestiva e há opções que acredito que vos farão deliciosamente feliz: Ostras em 3 momentos, natural, espuma de lima e gengibre gratinada em bisque.; Studel de Legumes em Noutabela Acompanhado de Rúcula; & a Caravela Portuguesa: bolo de chocolate, leite de amêndoas, espuma de café crocante de leite e gelado de canela, entre outras.

Há uma variedade imensa de cocktails e infusões para experienciar.

É importante referenciar o Chef Bruno Soares Póvoas. Este leva-nos numa viagem dos sentidos. A experiência vale cada emoção: a surpresa na visão, a alegria no olfacto, a aprovação do paladar. Cada degustação é uma agradável surpresa. Assim como, o Wine Chef Pedro Vaz Moura que combina a degustação com harmonização vínica transformando esta na união das partes que se transformam num todo.

Tudo o resto são complementos importantes e que por si só fazem a diferença: música ambiente diversificada e harmoniosa, temperatura ambiente agradabilíssima. O atendimento preciso, elegante e harmonioso em cada uma das mesas. Até houve um cantar de parabéns. A apresentação dos pratos é em louça branca, logo os elementos brilham e destacam-se. Os copos com design clean e elegantes. Um banco junto à mesa para colocar a mala. O wc é cheio de mimos: o gel de mãos, o atoalhado, o creme de mãos, entre outros. Detalhes que diferenciam e elevam o espaço.

Disfrutar assim do tempo, do momento é profundo. Quando saímos, uma música de Louie Amostrong soa na minha mente: What a Wonderfull World. Há mundos e momentos assim: perfeitos por si só, simplesmente porque sim! Grata Hemimgway Cascais

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Gratinado de Bacalhau com Espinafres e Broa

Sou petisqueira! Adoro comer “comida de verdade”, reconfortante e cheia de sabor! E se o ingrediente principal for bacalhau melhor ainda!

Tenho o hábito de tentar reproduzir em casa os pratos de restaurante de que gosto particularmente. Pelo seu paladar, textura e aspeto tento adivinhar os ingredientes e como terá sido confecionado.

O prato que vos proponho hoje é a minha interpretação (com a preciosa ajuda da bimby) de um bacalhau delicioso que comi por Portalegre. Bom apetite!

Ingredientes puré de batata
1 kg de batatas pr/ fritar descascadas e em pedaços
400 gr de leite
40 gr manteiga
Sal, pimenta e noz moscada q.b.

Ingredientes molho bechamel
750 gr leite
75 gr farinha sem fermento
40 gr manteiga
Sal, pimenta e noz moscada q.b.

Ingredientes bacalhau
Bacon em cubinhos q.b.
400 gr bacalhau demolhado desfiado
1 cebola
3 dentes de alho
70 gr azeite
1 embalagem de espinafre baby, com as folhas partidas “grosseiramente”
Coentros q.b. picados

Para a cobertura
Meia broa em pedaços pequeninos salteada em azeite (não completamente desfeita)

Passo 1 – Puré de Batata
Insira a borboleta. Coloque no copo a batata, o leite e o sal e programe 30 min/90°C/vel 1. Adicione a manteiga, a pimenta e a noz-moscada e programe 30 seg/vel 3. Tem de ficar homogéneo e cremoso (se necessário acrescente mais leite). Retifique os temperos. Reserve metade numa taça grande (com o triplo da capacidade).

Passo 2 – Refogado de Bacalhau
Com o robot de cozinha lavado e seco, coloca-se no copo o azeite, a cebola e os alhos e tritura-se 8 seg, vel 7-8. Depois acrescenta-se o bacon em pedaços e o bacalhau desfiado e refoga-se 5 min, vel 1, temp 100º. Verifique a quantidade de azeite e ponha mais um pouco se considerar necessário. Acrescenta-se os espinafres e continua a refogar à mesma velocidade e temperatura durante mais 2 minutos. Junte os coentros picados e reserve.

Passo 3 – Molho Béchamel
Sem lavar o robot de cozinha, coloque no copo todos os ingredientes e programe 8 min/90°C/vel 4. Junte o molho bechamel ao puré de batata, aos poucos, e envolva muito muito bem (eu nunca uso todo o bechamel, sobra sempre um bocadinho – vou juntando aos poucos até obter a textura ideal, nem muito líquida nem muito espessa – o objetivo é que o resultado seja cremoso)

Passo 4 – Preparação da Broa (em simultâneo com o passo 3)
Enquanto o robot de cozinha faz o molho bechamel, salteie a broa em azeite e alho numa frigideira até ficar douradinha (e seca).

Passo 5 – Finalização
Coloque no fundo do tabuleiro o refogado de bacalhau, bacon, espinafres e coentros; cubra com o creme de puré de batata e bechamel; por fim, cubra com a broa salteada e leve ao forno até ficar com a broa bem tostadinha e com um aspeto dourado.

Acompanhe com uma salada mista e um vinho tinto.
Sugestão 
Padre Pedro 2011 da Casa do Cadaval.

Dica
A receita é para 1 kg de batata – eu uso apenas metade do puré nesta receita, a outra metade congelo em forminhas de gelo e quando preciso, naqueles dias em que não há tempo, é só colocar num tacho com um pouquinho de leite, ir misturando à medida que descongela, e o puré fica pronto num instantinho).

….

Receita: Rita Grácio
Produção: Filipa Antunes
Fotografia e Styling: Cristina Vaz

E o vencedor é…

Obrigada a todos, pelas vossas participações.. mas hoje, quem está de Parabéns e se vai deliciar com este geladinho e não só, é…

Vencedor

Parabéns!

Sara Cabaço 

Por favor envie um email com os seus dados (Nome e nºBI ou Cartão de Cidadão) para o email info@saliva.pt dia 23 de Maio. Se tal não acontecer, será feito novo sorteio.

Irá receber um voucher que poderá ser utilizado num 1 menu de almoço (composto por um crepe serraceno, com recheio de espinafres salteados com queijo + um sumo natural de ananás com hortelã + café) para 2 pessoas + gelado de uma bola com sabor à escolha no Fragoleto, até 15 de Junho de 2016.

Real Taverna Mata Bicho

Mata-Bicho, expressão popular de origem francesa e também muito comum em terras africanas, que significa desjejuar, tomar a primeira refeição do dia – acompanhada com um copo de vinho ou aguardente acreditava-se matar o bicho da fome que habita no estômago!
Mas não se pense que por aqui se servem pequenos-almoços! Aqui servem-se verdadeiros repastos a lembrar a comida da avósinha, de manhã à noite, 7 dias por semana!
A Real Taverna Mata Bicho situa-se na emblemática Praça Rodrigues Lobo em Leiria, no edifício centenário Zúquete, restaurado pelo Arquiteto Ernesto Korrodi, e onde funcionou o Grémio Literário e Cultural até meados do século passado. E a esplanada tem vista privilegiada para o Castelo de Leiria!
Propriedade de Vasco Ferreira e Sabino Carvalho, o espaço combina petiscos e cozinha tradicional portuguesa num ambiente com apontamentos kitsch. Desde um maravilhoso chão de mosaico hidráulico, uma bicicleta “pasteleira” pendurada no teto, abajures típicos da Marinha Grande cobertos com naperons, até ao Zé Povinho e ao tão admirado quadro de época de Sílvia Patrício, tudo se conjuga num ambiente tão familiar e acolhedor, tão cheio de estilo e bom gosto. E há sempre uma novidade vinda de uma feira de velharias para descobrir!
Boa carne, o peixe mais fresco, o melhor bacalhau, arroz de tomate, caldo verde, enchidos, doces caseiros, os melhores vinhos portugueses e licor beirão nunca faltam nesta casa!
Aqui somos recebidos com todo o cuidado e simpatia genuína! Encaminhados para mesas em mármore, junto às quais não faltam cabides individuais para colocar casacos e malas (as senhoras adoram!) imediatamente somos brindados com um cesto de pão para todos os gostos para molhar no mais português dos temperos: o azeite! Confesso, adoro pão com azeite, para mim não há nada mais português!

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As nossas entradas: salada de bacalhau com grão e e salada de orelha. Perfeitas!
Ao sábado ao almoço servem-se também dois pratos muito portugueses: arroz de pato e bacalhau com natas – este último digo, sem qualquer hesitação, uns dos melhores que provei até hoje! Tão leve e tão fofo que lembra um souflé… Mas em taberna com forno a lenha as pizzas são uma perdição – Pizza fresca foi a escolhida!
E as sobremesas? Sabem aqueles doces caseiros da avó?! Vão querer prova-los todos!! Eu não consigo decidir!
E, na hora da despedida, as crianças têm um miminho divertido e original! Uma corda numa roldana que esconde junto ao teto um tacho antigo com um tesouro… e cada criança tem a oportunidade de fazer descer o tacho e tirar a sua recompensa! A minha filha ficou rendida… e eu também! E mais não conto, tesouros só para os piratinhas!
Eu matei o bicho! Por agora!! (Porque fiquei com o bicho de lá voltar muitas e muitas vezes!)

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Clube de Jornalistas

À primeira vista o nome Clube de Jornalistas pode ser dissuasor para quem passa na Rua das Trinas, na Lapa. Um clube exclusivo? Só para jornalistas? Nada disso! O Clube de Jornalistas, apesar de a porta estar fechada e de termos de tocar à campainha para entrar, é um restaurante aberto a toda a gente, proporcionando uma experiência gastronómica tranquila.

Fundado em 1983 e instalado num palacete do séc. XVIII, o restaurante deve o nome ao Clube de Jornalistas. Renovado em 2010, apresenta uma oferta diferente, numa carta com uma abordagem contemporânea e internacional. O ambiente é acolhedor, intimista, e o espaço clássico, composto por várias salas (uma delas totalmente forrada de azulejos dos séc. XVIII e XIX,) e um tranquilo jardim privado.

O Chef Ivan Fernandes e Luísa Branco emprestam a alma ao Clube de Jornalistas, numa gestão atenta aos pormenores, que se estende a toda a equipa, multicultural, onde portugueses, brasileiros e nepaleses partilham experiências. Com um serviço suave e irrepreensível, é um espaço de surpresas, a começar pela própria cozinha fruto da criação do Chef.

E as surpresas no Clube de Jornalistas continuam… o menu, que nos chega dentro de um envelope, onde podemos constatar a presença de ingredientes do Brasil, denunciando as origens do Chef, e criações afetivas como “Pra Luísa” (dois pratos com batata doce que Luísa gosta muito).

A carta divide-se em várias partes: no Acabando de Começar, destaque para o carpaccio de novilho, farofa de amêndoa e vinagrette trufado, e para a divinal beringela assada, caramelo de miso e pistache. Segue-se o Começando a Acabar, onde se evidencia o risotto de moqueca de camarão, o polvo em alecrim, puré de batata-doce e cebolete, e o lombinho de porco preto trufado e um refogado de feijão-frade e maçã. E ainda mais uma surpresa… “costelinha” de borrego dos Pirinéus assada e farofa, para comer sem talheres, acompanhada de um copo de Birra (a cerveja artesanal criada no restaurante). No Uns Docinhos para Acabar, a surpresa das Coisas Doces: sobremesa constituída por todas as sobremesas em pequenas porções, um prazer literal e visual. A carta de bebidas concentra opções de vinhos nacionais e internacionais.
No Clube de Jornalistas encontramos comida com alma e sabor, onde o mais importante é quem está sentado à mesa.

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Osteria – Cucina di Amici

Estacionar o carro percorrer as ruas da nossa Lisboa é deveras revigorante. Tantas vidas partilhadas em conversas de janela em janela… Rua das Madres, nº52 & Travessa das Inglesinhas, nº1 – Osteria – Cucina di Amici. Três vitrines altas. O prédio forrado a azulejo. Virar à esquerda e voilá… uma árvore em flor que nos convida a entrar. Ciao! A Lara recebeu-nos com o mesmo sorriso que senti ao fazer a marcação do almoço. Sentimos sempre quando nos sorriem do outro lado na linha. Há como que uma empatia natural.

Entrar na Osteria é como entrar em casa dos amigos. As anfritiãs, criadoras do projecto são Chiara Fero e Tânia Martins, apresentam-nos uma cozinha simples, genuína e preparada como se fosse para amigos. O espaço é cosy. Relembra os tempos de outrora e sentimo-nos naturalmente bem. A decoração é despretensiosa porém tão nossa. Muitos quadros nas paredes com textos e imagens claramente de Itália. Confesso, senti-me logo em casa. A Lara convida-nos a sentar. Logo de seguida, traz para a mesa 2 copos de sangria de framboesa e frizila (pão com tomate picado, majerição e azeite. Leve.), o Benvenuto: Brindisi (brinde)!!!  e explica-nos o conceito deste espaço. Osteria significa, em italiano, uma tasca. A sugestão é degustar e desfrutar da experiência degustativa, ir petiscando com dois dedos de conversa e mais dois e venham outros dois.

A Chiara, baseando-se na genuína tradição italiana e recorrendo a receitas de itália, criou uma ementa organizada em entradas (Per Iniziane), pratos na frigideira (Nella Padella), pratos de panela (Nella Pentola), pratos no forno (al Forno).

E começamos, seguindo o conceito da Osteria – Cucina de Amici, partilhando e acompanhámos com Aperol Spritz, de sua cor alaranjada, leve e efervescente :

. Foccacia Genovesa, cesto de pão e prato de azeite.

Pizza frita com burrata, pecorino, molho de tomate e oregãos. mio Dio! Bom demais.

. Os medalhões de frango com pesto, panados, acompanhados com molho de tomate calabrese provocaram uma explosão sensorial (pesto mais picante e o molho de tomate doce para equilibrar).

Risotto Sícília com tomate seco do Algarve, manjericão e queijo mozarrela. Adoro risotto assim: cremosos e cheios de sabor.

Lasanha de pão carasau com courgette, tomate e ricotta. Pão fino em várias camadas. Que lasanha tão saudável e deliciosa.

Pasta com beterraba com manjericão, pinhões e queijo pecorino. Que cores intensas, o esparguete al dente e harmonia dos seus ingredientes.

Almôndegas de carne com o melhor molho de tomate do mundo (receita especial da Chiara) e puré. Maciosidade e textura. Perfetto!

Existem os pratos do dia. No entanto, o conceito é partilhar. E os nossos olhares cruzam sempre com o que chega à mesa do lado. Também queremos! E de repente, falamos com os amigos da mesa ao lado, franceses que estavam de férias e seguiram muitas das nossas escolhas. Acho que perceberam pela minha expressão e cor vibrante dos pratos, que eram deliciosos. Mea culpa!!!

A Lara pergunta: apetece-vos sobremesa? Sì… per favore. Digo-lhe que é um dos meus momentos preferidos. Mix de sobremesas (tarte de mascaporne, panacotta framboesa, bolo de chocolate com nutella e pistachos e tiramisú): quase que apetece fazer um dó li tá. Todas deliciosas porém houve uma que me encantou logo de início (os olhos comem) e me conquistou para todo o sempre: a tarte de mascarpone. Por fim, o café italiano com direito a limoncello e grapa. Ops…

A ementa faz-nos viajar e há muito para (re)descobrir: almondegas de beringela à moda siciliana, lasagna de massa caseira com bacalhau e pesto frescos, vitelo com molho de tomate com alcaparras.

No final, conversámos com a Chiara & a Tânia. A Chiara estava entusiasmada com o seu “novo bebé”: a máquina de fazer massa fresca. Partilhámos a experiência e descobrimos que a sobremesa ex-libris foi feita ao acaso. Há acasos assim: perfeitos. Grazie.

Usufruir de espaços assim é um privilégio: cada vez mais sinto que estes espaços feitos de pessoas e dos seus produtos, da comida sempre surpreendente, sabores que nos fazem viajar, ouvir outros sons são os que fazem mais sentido. Foi uma experiência maravilhosa, para além de deleitosa.

Saímos felizes e com um sorriso de orelha a orelha.

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O pequeno almoço ideal

Este exemplo seria o pequeno-almoço ideal. É muito rápido de preparar e garante todos os nutrientes necessários para um bom desempenho no dia-a-dia. Não passará fome, o que vai ser uma ajuda fundamental para atingir o peso ideal.

Não deve nunca triturar todos os ingredientes uma vez que ao romper as fibras dos alimentos, vai libertar uma grande dose de açúcar, o mesmo não se passa com a mastigação.

Pequeno Almoço Dieta Bravo

Ingredientes
1 Iogurte magro ou Requeijão magro;
1 colher de sobremesa de Sementes de Linhaça (trituradas na hora);
1 colher de sobremesa de grãos de Aveia (triturados na hora);
1 colher de sobremesa de óleo de Linhaça;
2 Nozes ou 4 Amêndoas;
Gotas de sumo de Limão;
1 peça de fruta da época (utilizamos uma Maça);
1/2 Banana;
1 punhado de Frutos Silvestres (Amora, Framboesa, Mirtilo, Bagas de Goji, etc.)

Modo de Preparação
1. Coloque o iogurte ou o requeijão num prato de sopa ou numa tigela;
2. Esprema umas gotas de limão;
3. Num moinho de café ou numa picadora junte as sementes de linhaça e os grãos de aveia, triture na hora e misture com os outros ingredientes;
4. Acrescente à preparação as nozes ou as amêndoas;
5. Corte a fruta da época aos pedaços e misture também.
6. Faça o mesmo com a banana;
7. Para terminar junte os frutos silvestres. Por serem difíceis de encontrar pode comprar congelados, deixar a descongelar durante a noite para utilizar no dia seguinte.

Encontre esta e outras receitas saudáveis e adequadas à sua dieta na página ou no Livro do Dr João Bravo

….

Fotografia e Styling: Cristina Vaz

Bô 457

Bô apetite! É assim que somos recebidos neste espaço em Matosinhos. O Bô 457 faz-nos viajar até Trás-os-Montes em toda a sua carta: seja pelo fumeiro e queijos, seja pela carne, certificada de Vinhais. Mesmo ali perto do mar e em sítio de peixe, esta brasaria tem marcado o seu lugar. E, digo-vos, aqui come-se a sério.

O espaço abriu pelas mãos de um casal – o Fábio e a Vera – com formações académicas alheias à restauração, sendo que a intenção era precisamente deixar a marca do mundo gastronómico transmontano por Matosinhos. O espaço está soberbamente bem decorado: segue uma linha original, prática e industrial, com objectos vintage aqui e acolá a darem o ar da sua graça no restaurante. A sua fachada é em vidro, pelo que a luz recebida torna os almoços uma experiência mais agradável. O facto de ser um restaurante amplo torna- se uma boa opção para quem pretende realizar jantares de grupo.

Num dia de sol abrasador e em hora de almoço, começamos por uma refrescante sangria de vinho rosé, mas as opções extendiam-se às sangrias de espumante ou à tradicional de vinho tinto. As entradas vieram numa tábua de fumeiro e queijos artesanais DOP, acompanhados por uma deliciosa pasta de azeitona e compota de abóbora de Carrazeda de Ansiães. E que belo começo! A qualidade dos produtos tornou promissora toda a refeição.

Confesso que quase todas as minhas expectativas estavam na qualidade da carne, influências dos meus avós que sempre me “educaram” de forma exigente no que toca à escolha das carnes e à sua confecção. Então, para prato principal, foi-nos sugerida a bisteca transmontana com pimentos recheados de queijo e salsa, acompanhados de batatas assadas no forno. Ao cortarmos o pedaço servido, vimos logo pela sua cor que estava cozinhada no ponto. E ao provar só superei as expectativas que me levaram até ao Bô: a carne era tenra e denotava-se a sua qualidade tipicamente transmontana. Os pimentos recheados são um completo estupendo neste prato e a junção harmoniosa de sabores não passa despercebida: o picante, o salgado e o doce transpõem-nos para outra dimensão. Ainda provamos a batata doce frita, também deliciosa, mas mais adequada para comer nas entradas ou como petisco.

E quando achávamos nós que o nosso estômago já estava bem preenchido, chegamos à altura da sobremesa. Na carta, podem optar por exemplo pelo doce da casa, por queijo de ovelha artesanal ou até experimentar o gelado artesanal de queijo da Serra da Estrela DOP acompanhado de doce de abóbora. Mais uma vez por sugestão do staff, provamos a novidade do momento, o crumble de maçã acompanhado de gelado de baunilha. Uma junção de quente/frio bem confeccionada, tinha a dose certa de doce e foi o final esperado para esta excelente refeição.

Para quem espera comer algo mais portuense no Bô, as francesinhas estão incluídas na carta da casa e – ouvi eu dizer – são de comer e chorar por mais, sendo que já fazem parte do top de muitos apreciadores. Mas aconselho-vos a seguir as sugestões do staff, muito atencioso e sempre atento aos nossos gostos e necessidades.

Uma das minhas inquietações foi também conseguir fazer uma refeição sem glúten. Se é possível aqui? É. Basta ignorar a existência do pão à mesa para os intolerantes, que o resto da refeição é rica em produtos da terra e da natureza, isentos de glúten.

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Passatempo | Fragoleto

O Fragoleto tem o prazer de oferecer aos nossos fãs 1 menu de almoço (composto por um crepe serraceno, com recheio de espinafres salteados com queijo e tomar, um sumo natural de ananás com hortelã e um café) para 2 pessoas + gelado de uma bola com sabor à escolha.

O que precisa fazer?

– Serem fãs do Saliva e do Fragoleto
– Fazer “Like” na publicação do passatempo, no Facebook do Saliva
– Comentar a publicação identificando 3 amigos
– Partilhar a publicação em modo público no vosso perfil de Facebook

Podem participar até dia 16 de Maio às 12h00.
Os resultados serão divulgados nesse dia às 16h.

Regulamento

1. Cada seguidor poderá participar apenas 1 (uma) vez;
2. O passatempo começa no dia 11 de Maio às 16h00 e termina no dia 16 de Maio, às 12h00;
4. O vencedor será anunciado no dia 16 de Maio, às 16h00, na página de Facebook do Saliva;
5. O critério de escolha do vencedor será por escolha aleatória no site agorapulse.com. Serão considerados todos os pontos necessários para a participação (Like, comentário e partilha);
6. Será enviado ao vencedor, um voucher que poderá ser utilizado ao almoço no Fragoleto, até 15 de Junho de 2016.

Boa sorte!

E o vencedor é…

Obrigada à KAFFA Cafés por nos dar a oportunidade de oferecer esta prenda,  1 máquina de Café (cor branca) + 4 caixas de café Kaffa,  a um dos nossos fãs.
Obrigada a todos os que participaram com as vossas frases inspiradoras.

Mas…
… nossa vencedora é Catarina Vieira com a seguinte frase:

Uma tarde no Porto,
Num passeio à beira rio,
Uma mulher do Norte,
Conheceu um rapaz algarvio,

Foi amor à primeira vista,
Isto que lhes aconteceu,
Ele a convidou para um café,
Ela com um sorriso respondeu,

De apaixonados,
A namorados rapidamente passaram,
Num momento de calor,
À felicidade os seus corações alcançaram,

Houve então jantar romântico,
Chocolate e morangos ele trouxe,
Estava tudo muito saboroso,
Mas no final o clima esfumou-se,

Faltava o café Kaffa Cafés,
E aqui o Saliva pode ajudar,
É de uma máquina que eles precisam,
É esta máquina que eles têm de ganhar!

Parabéns!

Por favor envie-nos um email com os seus dados (nome, morada e telefone) para o email info@saliva.pt até dia 17 de Maio. Se tal não acontecer, será escolhida novo vencedor.

Fragoleto

Se precisava de mais uma razão para ir à Fragoleto, pode parar de procurar, para além dos gelados únicos elaborados pela “mestre gelateira” Manuela Carabina, agora também têm disponível um menu de almoço que não vai conseguir recusar!

Em plena Baixa Pombalina, paredes meias com o Terreiro do Paço, mais propriamente no número 61 da Rua da Prata, encontra-se a gelataria que vai querer descobrir, se é que ainda não o fez…

Já é hábito da casa ter opções que agradem a todos os clientes, e que sejam de acordo com as suas limitações alimentares, sendo exemplo disso os gelados vegan, sem glúten e sem lactose. Dentro destes parâmetros encontra-se o menu de almoço, composto por um crepe feito com farinha de trigo-sarraceno (sem glúten), com diferentes recheios salgados, um sumo natural e um café, de forma a proporcionar uma refeição saudável, nutritiva e saborosa.

Pode escolher entre os crepes: Misto (queijo e fiambre), Fiorentino (espinafres salteados com queijo), à Italiana (mozzarella e tomate), à Portuguesa (atum, tomate, cebola, cogumelos e coentros) e à Francesa (ovo, presunto e queijo), todos vêm acompanhados por uma salada e, tal como o crepe, o sumo natural feito com fruta da época, é preparado no momento.

Para terminar esta refeição da melhor forma, sugiro uma degustação de sabores em que pode optar por 4, 6 ou 8 mini bolas dos gelados que mais apreciar. Eu decidi-me pelos que ainda não conhecia e não me arrependi, os aromas são exactamente como descritos!

Todos os dias há diferentes sabores e os que me despertaram a atenção foram os gelados de amendoim, chocolate, café e ameixa, mel e gengibre, cheesecake de framboesa, bolacha belga… Podia ficar aqui o dia todo a enumerá-los…

A novidade das novidades é o gelado de arroz doce, que saiu recentemente, mas também têm sabor a queijada de Sintra, leu bem, queijada de Sintra! E consoante a época do ano muitos são os sabores de fruta que lá podemos encontrar, como o kiwi, maçã raineta e canela, maracujá, mirtilos e pepitas de chocolate, e nos mais inovadores, a Cassata Siciliana (gelado de ricota com molho de lima e frutas confitadas), o Sachertorte (gelado de chocolate negro 70% cacau, bolo de chocolate no meio e compota de alperce) e o sabor a alfarroba, amêndoa e figo… que já estão na minha lista!

Concordo consigo, a escolha não é tarefa fácil… e por isso mesmo me despedi não com um adeus, mas com um:

Até já Gelataria Fragoleto

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