Encontramos o BellaLisa quase no topo do Elevador de Santa Justa, daí o seu nome BellaLisa Elevador. A vista é esplêndida e infinita.
A esplanada exterior convida a sentar quer no Verão, quer no Inverno (têm aquecedores exteriores). No entanto, não resistimos e entramos para a sala, acolhedora cheia de detalhes encantadores. O vermelho, o preto e o branco assim como a madeira contrastam entre si. Os cilindros embutidos nas mesas laterais com orquídeas. Janelas amplas com vista perfeita e límpida sob a nossa iluminada Lisboa e nos seus parapeitos jarras alta transparentes com jarros. Quadros dispostos na paredes que separam as janelas, com palavras que nos acolhem: Amores, Dar, Rir, Ser.
Sentamo-nos e de seguida o couvert é colocado na mesa, disposta com guardanapos e toalhas de pano e loiça branca: pão fresco, azeitonas rijas e bem temperadas, manteiga caseira com ervas aromáticas e gaspacho de tomate (leve e adocicado e com um toque do sabor do pimento que não se sobrepõe).
Cartas de vinhos: equilibrada e com um dos nossos vinhos favoritos: o vinho branco Lua Cheia 2014 em Vinhas Velhas da região do Douro. Este vinho eleva o nosso sentir e é de uma profundidade sedosa.
Entradas: Bruschetta de queijo de cabra com mel e nozes. Ovos mexidos com espargos e farinheira. Mozzarela grelhada com presunto. Descrição pormenorizada: os sabores distintos do queijo de cabra com o mel e nozes e dos morangos, os ovos mexidos fofos com pequenos pedaços de farinheira e espargos cortados em pequenos pedaços, a mozzarela crocante em cama de rúcula e o sabor salgado do presunto é… têm mesmo que experimentar. Só vos digo que começámos mesmo muito bem com contrastes de sabores que se unem e deliciam o palato.
Esta refeição promete inebriar os nossos sentidos. Continuemos com o prato principal: Rissoto vegetariano com creme de espargos verdes. Cremosidade, textura e sabor. É quase que viciante de tão bom que é. Fiquei rendida! E o tagliatelle nero con aragosta (massa fresca com tinta de choco e lagosta) ainda nos tentou porém tínhamos que deixar espaço para as sobremesas, sim… as sobremesas: a palavra mágica de uma gulosa nata!
Tiramisú, Taça de Stracciatella e o Crème brûlée. Saborear cada pedaço do céu é… não pensar nas calorias e usufruir. O tiramisú é diferente, leve, desfez-se na boca, na taça de stracciatella os pedaços de chocolate em união com o chantilly estavam tão nhami!! e por fim o, creme brûlée deixou-nos sem palavras de tão deliciosamente delicioso. O cruch do caramelizado disposto numa camada fina e primorosa, o ligeiro travo a limão… e mais não digo (sorrisos).
Há muito a (re)descobrir neste espaço. Aqui ficam outras sugestões: ceviche de peixe (atum ou salmão), ravioli de bacalhau com gambas e molho de tomate, tagliatelle com trufas frescas, o rissoto de lagosta entre outros.
Um restaurante italiano com detalhes agradáveis ao olhar e harmoniosos na apreciação. Ouvimos falar italiano, português, francês, espanhol. Um local multicultural. Um obrigada ao Chef Nicola pelos elementos deliciosos que formaram o todo desta refeição e ao Manuel, com o seu serviço de mesa que foi simpatiquíssimo e atento q.b. (entenda-se disponível sempre que necessário). O som ambiente é actual e adequado, não se sobrepõe às conversas).
A vista é única e confirmo que a nossa Lisboa é especial.