Nomalism, bistrô vegetariano é um cantinho especial em Campo de Ourique, num pequeno pátio recuado, ao lado da loja de tecidos que lhe dá nome – a Nomalism. Somos recebidos pela simpática Inês que nos conduz a sentar confortavelmente num banco corrido onde volumosas almofadas em tecidos delicadamente escolhidos se dispõem em ambiente familiar e caseiro. Queremos saber mais sobre comida vegana, cozinha consciente e saudável. Ainda há muito por fazer, mas muito já tem sido feito. Sim, a casa estava cheia, clientes habituais, curiosos do bairro ou estrangeiros passantes depois de uma viagem no emblemático eléctrico 28.

À hora do almoço os benéficos petiscos do menu do dia são sopa de legumes e lentilhas, dois pratos (à escolha) e um chá. Deliciámo-nos com os sabores árabes da panqueca de cenoura e húmus, regada com limão em toque discreto numa mistura fresca com a aromática hortelã. A lasanha de tofu e legumes de inverno estava no ponto, a massa al dente, a combinação dos vegetais com o tomate, muito saborosa e leve. Os salpicos de gomásio num travo levemente tostado e salgado sobre o puré rosado de quinoa e beterraba. E tudo super saudável!
Bendito dueto mágico da Chef Kei (residente) e do Chef Nuno Queiroz Ribeiro que se encontra de passagem em consultadoria. Na pequena cozinha, os dois Chefs comunicam com sorrisos e gargalhadas saudáveis delicadamente atentos ao que se passa na sala. A comida é fascínio espelhado na apresentação dos pratos e nos cheiros que pairam no ar desde bistrô.
Encantámo-nos pela diversidade das sobremesas e pastelaria. Vasta oferta sem glúten e sem açúcar. Bolos de limão, amêndoa, maçã, chocolate ou cobertura de frutos silvestres são uma imperdível tentação a qualquer hora do dia bem acompanhada de um fresco sumo do dia.

Aqui partilham-se pensamentos, educam-se paladares e comprova-se que a comida saudável e consciente é um mundo interminável de novas experiências e sabores. Pelo prazer de comer, o prazer de viver.

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Num pequeno refúgio em Lisboa, no Jardim Marcelino Mesquita, mais conhecido por Jardim das Amoreiras, há um quarteirão onde se respira cultura, arte e tradição. Idealizado por Marquês de Pombal, o Jardim está parcialmente delimitado pelo troço terminal do Aqueduto das Águas Livres, onde desagua a Mãe d’Água e pela Fundação Árpád Szenes-Vieira da Silva.

É no rés-do-chão da Fundação que se encontra o Vieira Café, um espaço aconchegante e familiar onde fomos encontrar a jovem Chef Teresa Frazão.
Sentada numa das mesas junto à rústica janela do Café, a Chef fala-nos do seu percurso em frases curtas de admirável valor. Com um olhar de quem tem mais para conquistar e ao mundo mostrar, a sua efervescente segurança leva-nos a pensar, “há aqui uma história gira para contar”. A conversa pausada era interrompida por clientes que chegavam para almoçar. Delicadamente abandonava a conversa e voltava à cozinha enquanto eu absorvia os cheiros prazerosos do prato do dia, o polvo à lagareiro. De textura suave, bem acompanhado com batatas a murro de pele levemente salgada e com tomate cereja, num fresco apontamento de cor, o prato é de gosto caseiro e confeccionado com matéria-prima de qualidade, está no ponto! Um toque da pimenta que se vai revelando, o azeite que acrescenta o tempero consumado pelas aromáticas bem picadas.

Quem brilha no simples, não precisa de se revelar no complicado. Foi assim que percebemos a cozinha da jovem Chef . Um enorme potencial, sem pressa, com tempo para cuidar dos seus clientes como se fossem seus convidados. O Vieira Café é um espaço onde a comida nos sugere um ponto de partida para um retorno, há uma emergente vontade de voltar e experimentar um próspero potencial.

A acompanhar a refeição optámos pela limonada com hortelã e gengibre, simples e bem preparada, doses apropriadas e suficientes. Para terminar a refeição o suave bolo de limão, dentro das escolhas de sobremesas caseiras do menu. A tarte de amêndoa, o bolo de chocolate sem farinha com amoras silvestres ou a famosa panna cotta, são variedades rotativas mas residentes nos dias que correm no Vieira Café.

Ao sábado e domingo o Brunch invade o espaço com dois menus de igual base, a tábua de queijos, fiambre, presunto, manteiga e doce acompanham três tipos de pão e um croissant francês, uma bebida quente e um sumo natural. Em opção mais robusta e reconfortante, os ovos com salmão, tomate e ervas ou queijo. O iogurte com muesli de frutos vermelhos em opção mais leve e doce.

O Vieira Café acompanha o horário da Fundação (terça a domingo das 10:00h às 18:00h) , ao longo do dia terá sempre a oportunidade de provar os best sellers da Chef, tais como a deliciosa salada de legumes grelhados com lascas de parmesão e amêndoas laminadas, a Sandwich Club ou o prego servido num fresco e fofo bolo do Caco, confeccionado com lombo de vaca maturada.

Saímos do Vieira Café com a certeza de que iremos ficar de olho na Chef Teresa Frazão e nas suas futuras revelações.

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